Páginas

Pesquisar este blog

sábado, 27 de outubro de 2012

Alemanha


   Chegar à Alemanha já é uma experiência curiosa para quem está acostumado com o Brasil e suas brasiliaridades. Já no sobrevôo percebe-se a total inexistência de favelas . Algo muito contrastante quando se chega a qualquer aeroporto brasileiro , em especial no Galeão , onde parece que só existem favelas no Rio.
   Enfim em minha cidade de entrada , Düsseldorf, à beira do Reno. Após pegar as malas foi possível nos dirigirmos a um ônibus comum para a cidade . Detalhe que o ônibus não tem roleta nem corre pelas ruas como se fosse o final do mundo . Passeia tranquilo pela cidade .Além disso há um dispositivo na suspensão do ônibus que o inclina levemente na direção da calçada para facilitar o aporte dos passageiros . Outra diferença marcante é o ruído extremamente baixo do veículo, tanto que se precisa conversar dentro da viatura em voz baixa. Sem mais delongas, pois pretendo retornar ao tema transporte público mais adiante .
   Uma vez instalados , saí para conhecer a redondeza. A maioria dos edifícios é baixa (média e 5 andares) estilo típico , ou se você preferir , ao estilo de Gramado,RS.  Pelas redondezas o constante é o silêncio. Mesmo a vida ativa do meio da semana proporciona relativo silêncio aos meus ouvidos , deveras acostumados aos sons de nossas megalópoles.
   Há mendigos aqui sim , mas pelo que soube ,a tem moradia se quiserem e suas contas básicas pagas pelo estado. Fazem bicos como pedintes , recicladores ou ambulantes com intuito de incrementar um pouco mais sua renda. Sai caro para a população, que em média paga cerca de 40% de impostos, todavia tem retorno evidente , ao menos aos meus olhos.
   Outra curiosidade é que inverso ao Brasil , as coisas aqui costumam ser mais caras às pessoas de terceira idade. Por que? Ora , porque eles tem mais dinheiro , foi a resposta que obtive.
   Bicicletas são onipresentes nesse país . Estão em todos os lugares , presos a cadeados (mesmo assim passam a noite na rua) , entram em bondes (tram ) e trens . Todos as utilizam e geralmente com alforges laterais e a qualquer horário . Vi algumas senhoras (certamente pela faixa dos 70 ) de bicicleta por volta das 21h!
   Invejável também é o cuidado que tem com suas construções antigas . Prédios e igrejas que datam dos séculos XII e XIV em excelentes condições e utilizáveis. As ruas com asfalto tão bem feito que parece ter sido o país inteiro asfaltado cerca de 2 semanas antes de minha visita. Bondes coabitam com ônibus , taxis , carros de passeio e caminhões sem grandes altercações.
   O Rio Reno que corta a cidade , além de importante via de escoamento de produtos , é fonte de turismo também. Aliás , vi um navio carregando o equivalente a umas 10 ou 15 jamantas!