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quarta-feira, 18 de maio de 2011

Cidade Má...ravilhosa?



Recebi a visita de meu irmão de SP para passar o dia a resolver assuntos no Rio de Janeiro. O combinado foi de que ele chegaria no aeroporto Santos Dumont (centro da cidade ) às  8:45.
 
Exata 1 hora antes desse horário saí de minha casa na Barra e segui via orla (com alterações ao fluxo para melhorar o trânsito justo nesse sentido do centro). Às dez para as nove meu irmão me liga dizendo que já estava a postos no terminal de desembarque. Qual não foi meu cosntrangimento em receber tal ligação ainda no Vidigal.
Retornando para a Barra conversamos sobre as cidades e suas peculiaridades , até que passei por um ônibus e lhe disse que era o metrô de superfície, ao que ele me respondeu:
-Lamento , Jr , mas você está equivocado. Aquilo é um ônibus. Metrô de superfície é um tipo de trem , portanto anda sobre trilhos , que ao invés de passar no subterrâneo da cidade , passa em elevados.
-João Marcus , aqui no Rio , isso é o chamado metrô de superfície.
-Não , não pode ser . Como diabos o metrô também fica preso no trânsito ao nosso lado? Como é que o metrô pode furar pneu ? Não acredito , isso é muito estúpido.
-Peculiaridades da cidade.

Expliquei-lhe que em algum momento no Rio houve um chamado plano-piloto em que se pretendia não repetir em Ipanema e Leblon o mesmo erro (de construir prédios elevados à beira mar) de Copacabana. 

Falhou .
Expliquei-lhe que houve a intenção de não repetir o mesmo erro de Copacabana , Ipanema, Leblon e São Conrado na Barra da Tijuca.
Falhou.
Atualmente não há prédios altos na orla do Recreio e Macumba , mas que crescem o olho na Prainha e Grumari , isso fazem . Até quando resistirão , sinceramente não sei .Tenho cá minhas esperanças de que agora a cidade engrene.
Meu irmão ainda espantou-se em ver que havia guardas de trânsito justamente onde havia sinais . Pude explicar-lhe de que mesmo tais semáforos não são de todo respeitados e esses guardas também servem para proteger os cruzamentos , de outra forma constantemente ficariam bloqueados.
João Marcus me disse que o trânsito em SP é sim caótico , entretanto pode-se desviar de grandes vias por ruas internas e assim fugir dos clássicos congestionamentos. No rio isso não é tão simples pela própria geografia da cidade , com vários morros .
Aliás a geografia da cidade , responsável por sua beleza única também é a responsável por suas mazelas . Por muito tempo a ocupação de morros , mesmo nas zonas nobres foi ignorada e assim temos Bairros caríssimos como Gávea , Leblon e São Conrado , circundados por favelas gigantescas como Rocinha e Vidigal. Aqui faço uma ressalva: ainda que a massiva maioria dos moradores da favela sejam de pessoas honestas e dignas , infelizmente a própria estrutura de casas e barracos justapostos e com o mínimo de infraestrutura , prejudicam imensamente a persença do estado suprindo com saneamento básico tais moradores . Fora o fato inconteste de que a bandidagem também se favorece e oprime tal população ao utilizá-la como escudo em suas táticas de guerrilha. Já passou da hora de se reestruturar a cidade e as favelas da cidade de forma humana e racional. Não como celeiro de votos somente.
No final de tarde retornamos ao aeroporto . Deixei-o no embraque às 17:40 e cheguei em casa 19:30. Quando liguei para ele já estava quase chegando no Guarujá enquanto o tempo todo estava no “lenga-lenga “ das ruas cariocas.
O resumo de 2 vezes o trajeto Barra-Santos Dumont numa terça-feira chuvosa foi de praticamente 6 horas no trânsito! Definitivamente não consigo imaginar viver no Rio sem minha moto!

Cânion do Itaimbezinho




Taí uma das maravilhas das serras gaúchas .

Situado num parque distante cerca de 160km de Gramado , o Cânion conta com estruturas belíssimas de arquitetura da natureza amplamente revestida pela Mata Atlântica . Um verdadeiro deleite aos amantes da natureza.
O translado é cansativo porque 1/3 do mesmo ocorre em estrada de terra com condições precárias .
Já o parque é bem isolado do público e já algum tempo proibido inclusive o acampamento por lá.
Curiosa é a própria geografia : do topo do Cânion , de ambos os lados da fenda está situado o Rio Grande do Sul . Na base , onde corre o rio , cerca de 700 m de profundidade , Santa Catarina. Ainda não entendo direito como os cartógrafos mapearam isso , pois para mim as divisas são : deste lado e daquele lado .




Exuberantes araucárias no parque , as que restaram ao menos , antes do desmatamento expressivo. Um vento gelado , com várias correntes de ar quente , nas quais flutuavam os urubus sem esforço aparente.
Aos mais motivados existem excursões que vão pelo vale do Cânion , com guias . Necessita clara disposição pois mesmo para mim o frio era inquietante e encarar o rio com aquela temperatura externa tem de estar com grande entusiasmo . Ou aguardar o verão.


GRAMADO E CANELA MAIO 2011 (2)





Nosso turismo pela região das serras gaúchas iniciou propriamente dito com o esquema de excursões e assim persistiria por mais 2 dias .
No primeiro dia começamos visitando uma fábrica de cristais. Realmente tenho que admitir que aquelas bandas estão mesmo interessadas em manter o turismo de qualquer modo . Situações que poderiam ser corriqueiras em outras cidades , lá foram transformadas em atrações turísticas. Quem diria que eu , justo eu visitaria uma fábrica de cristais ? Justo eu que tenho até medo de caminhar nessas áreas em shoppings e afins.
Pois bem iniciamos com uma apresentação global da fábrica , todavia o mais interessante era a fabricação artesanal de estruturas em cristais. Requer certamente talento e técnica . Bem mais talento , pois não sei se de alguma forma conseguiria fazer tais objetos. Finda essa demonstração tudo o mais era tédio ao quadrado para mim . Ficar rodando por corredores a fio com peças de cristal certamente nunca será atração para mim. Creio eu que para poucos homens, mesmo sujeitando-me ao rótulo de sexista. Cachorrinho de cristal; coruja de cristal; galo de cristal ; louças de cristal … Too much “girlie” for me.
Minha sorte foi que justo ao sair do ônibus havia reparado que em frente à Cristal´s Land havia uma revendedora de motor-home. Foi minha salvação . Falei para a Mônica que lá estaria e recebi sua benção para tal , pois me conhecendo a fundo , ela também estava tensa com minha presença naquele mundo frágil.
Que bom senso atravessar a rua. Valeu-me muito mais que tentar impressionar a Mônica com coisas totalmente fora da minha realidade , como faziam o resto dos caras lá. Vi a evolução dos traileres para motor-home . O exemplo de espaços bem aproveitados . Além de ter sido muito bem recepcionado e ciceroneado por lá, sem chance de causar desastres destruindo algo. Depois de conhecer o motor-home fica-se com a vontade de viajar naquelas casas sobre rodas . Claro que em lugares mais propícios como o próprio sul ou até Uruguai . Estacionar um motorhome daqueles no Rio de Janeiro é convite à desgraça.
De lá rumamos para o que seria um tour meramente comercial. Visita-se lojas de chocolates , couros , tenis e malhas . Objetivo de comprar tão somente .Por vezes com preços convidativos , por vezes sem diferença. Vale a pena checar todas as opções , para depois de terminadas as excursões guiadas poder comparar os preços com calma e , se for o caso , retornar a certas lojas com mais certeza de que se faz bom negócio.


Pela parte da tarde rumamos para Nova Petrópolis para conhecer a Vila Alemã. Trata-se de um parque recriado com casas originais da época do início da colonização alemã nas serras . Um excelente trabalho de preservação digno dos melhores do mundo . Havia igreja , casa do ferreiro , escola e casa do professor . Um museu com utensílios de época .